RESENHA: UP – Altas Aventuras

TÍTULO: UP – Altas Aventuras
ESTÚDIO: Pixar Animation Studios
DISTRIBUIÇÃO: Disney
DIREÇÃO: Pete Docter
ANO: 2009
BILHETERIA: US$723 milhões
 
 

E a Pixar parece continuar a fazer filmes que agradam a todas as faixas de idade. Com personagens que divertem as crianças e uma história que comove os adultos, UP – Altas Aventuras chega nas telas de todo o mundo no mês de outubro.

Apesar de não ser mês de férias, não haveria estratégia melhor para atrair bilheteria do que colocar o filme no mês das crianças.

Se o filme fosse rodado em julho, o filme seria ofuscado pelo sucesso de franquias infanto-juvenis já consagradas que tiveram continuações nessa época, como “A Era do Gelo 3” e “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”.

O filme foi lançado em outubro. A estratégia foi não concorrer com outros gigantes das animações infantis em julho.

No início de outubro, os shopping centers são superlotados no fim de semana por pais e filhos em busca do presente ideal para os baixinhos. Hoje em dia, a combinação shopping+cinema é uma das estratégias que mais têm alavancado as bilheterias das super produções de Hollywood. E com uma criança do lado, a melhor opção (em algumas salas até a única opção) de filme do mês é UP.

A Pixar pega desprevenidos aqueles que esperavam mais uma comédia bonachão no estilo “Os Incríveis”. Logo no início, o enredo surpreende. Com quase completa ausência de falas, os primeiros 15 minutos do filme mostra a trágica história do vendedor de balões Carl que aos 78 anos perdeu sua esposa pouco antes de lhe realizar um sonho de infância, o que deixou bastante desmotivado e carrancudo.

Como se não bastasse isso, uma grande empresa de construção entra com uma ação na justiça para enviar o velhinho para um retiro de idosos, já que este se recusa a vender sua casa, última recordação de sua finada esposa, para que a empresa termine a construção de um grande complexo de condomínios.

UP é um filme feito para crianças e adultos. Não exatamente nessa ordem.

Quando as crianças já estão quase perdendo o interesse pelo filme, dos veteranos Andrew Stanton (WALL-E) e John Lasseter (TOY STORY) surpreendem com seus efeitos visuais (ou não, já eu todos já tinham visto o cartaz do filme com essa cena) e fazem a casa de Carl alçar vôo com milhares de balões de gás hélio. O ex-vendedor de balões não esperava é que o garotinho japonês Kevin estivesse na varanda de sua casa na hora da decolagem.

Com um carisma notório, o garoto, que também é um escoteiro em busca de sua última medalha, reconquista a atenção das crianças e acaba parando na América do Sul junto do velho, que não conseguiu levar o japonês de volta para casa devido a um temporal que os pegou no meio do caminho.

No meio da floresta, as surpresas não param mais, nos deparamos desde um cachorro que fala (em várias línguas diferentes) até o encontro de Carl com Charles Muntz seu ídolo de infância.

UP é o segundo filme da Pixar estrelados por humanos. O primeiro foi “Os Incríveis”.

O filme termina com uma lição de moral para os pais. Kevin reclama várias vezes ao decorrer do filme da ausência do pai. Vendo o drama do garoto e entendo a necessidade de afeto paternal do pequeno escoteiro, o velho Carl sente novamente mais uma motivação para viver, e começa a acompanhar o garoto em suas conquistas de escoteiro e nas brincadeiras dia-a-dia.

Com um texto que surpreende e efeitos visuais que emocionam, “UP – Altas Aventuras” é o tópico filme que fará as crianças sonharem com grandes aventuras e os adultos repensarem em sua posição de pais.

Cartaz do filme no Brasil

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