RESENHA: Alice no País das Maravilhas, livro

A vida guarda muitos segredos e mistérios, fazendo desta o alvo perfeito para o fascínio de pensadores, religiosos e homens da ciência. Explicar o que acontece ao seu redor deixou de ser uma necessidade para se transformar na razão de existência do ser humano, tanto para autenticar sua posição de domínio, como para saciar sua vontade de transcender. Mas o que acontece quando tenta se explicar o inexplicável? Como explicar o imaginário  quando este transmigra através da mente de uma menina de 6 anos? Alice no País das Maravilhas é a combinação perfeita entre o real e a fantasia, não por ser um clássico cultuado há mais de um século, mas por mostrar que as semelhanças entre razão e emoção se aproximam cada vez mais a cada novo segredo e mistério descoberto pelo homem.

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A ÚNICA MANEIRA DE ACREDITAR NO IMPOSSÌVEL, É ACREDITAR QUE É POSSÌVEL

Coloquialmente, é dado o título de gênio para pessoas que se destacam excepcionalmente em um determinado campo de habilidade, científica ou social, técnica ou criativa. O diferencial é fazer com que seu legado se perpetue por toda a história e a sua própria história se torne história. Sim, Charles Lutwidge Dodgson, mais conhecido por seu pseudônimo Lewis Carrol, foi um gênio.

Soa estranho colocar este verbo “ser” no passado, pois mesmo tendo vivido há mais de um século, este consegue se tornar muito presente no cotidiano de todo o mundo.

Escritor, poeta, bibliotecário, matemático, fotógrafo e acima de tudo apaixonado por crianças. Incrível como todos os seus títulos se mesclam tão perfeitamente quando se fala de Lewis Carrol. O autor de Alice no País das Maravilhas sempre foi mestre em unir tudo o que gosta em uma coisa só, sendo sua obra-prima, inclusive, fruto de sua diversidade de interesses.

Numa época em que a fotografia ainda estava engatinhando, Carrol já tinha o estranho hábito de fotografar meninas nuas. Aliado as suas polêmicas frases, “Gosto de crianças (exceto meninos)“, o autor sempre foi alvo de difamações envolvendo pedofilia, mas independente disso, foi fruto dessa sua excentricidade que foi criada Alice.

Após conhecer Alice Pleasance Liddell, então com 10 anos e filha do reitor da faculdade onde lecionava matemática, Carrol passou a fotografá-la, a fazer passeios e a conhecer cada vez mais os sonhos e os problemas da menina. Observando todo o seu comportamento, Carrol passou a traçar o modelo ideal de personagem para um livro que segundo ele, surgia aos poucos conforme ia contando a história para a própria Alice.

A história tem início quando Alice começa a perseguir um Coelho Branco. Neste ponto Carrol já começa seu jogo psicológico.

Se toda obra é o melhor espelho do autor e se hoje o resultado de Alice no País das Maravilhas permeia em tantos universos imaginários e figurativos, basta somar alguns conceitos para se chegar até aonde o amor platônico do autor estava presente na composição do seu eu e o quanto longe poderiam chegar seus devaneios influenciados por uma realidade oculta que poderia ser chamada simplesmente de sonho.

POR QUE O CORVO SE PARECE COM UMA ESCRIVANINHA?

É estranho escrever uma resenha de uma obra que há quase cento e cinquenta anos já mostrou ter vida própria. Alice no País das Maravilhas foi publicada originalmente em 4 de julho de 1865 e a partir daí suas adaptações só foram se multiplicando nas mais diversas mídias, como cinema, TV, seriados, desenhos animados, games e outros livros. Se as influências do enredo e dos personagens usados em metáforas ou inspirações para outras obras, os números ainda crescem exponencialmente.

O fascínio do mundo pela obra reside em sua facilidade de compreensão pelas crianças e a complexidade de ideias que vão se adicionando ao texto a cada vez que o leitor, mais maduro, relê a obra. A quantidade de pontos de vista que o mundo inseriu a obra, ainda faz com que o texto original se torne ainda mais rico, fazendo diversos contrapontos e estimulando o leitor a conhecer a origem de cada novo conceito.

A linha criativa é simples, porém perfeita. Alice, um garota que está cansada de ouvir as histórias de livros sem figuras que sua irmã mais velha lhe conta, começa a seguir um apressado coelho branco até a sua toca, onde cai em um buraco e é levada para um local cheio de criaturas antropomórficas e bizarras, que muitas vezes chegam a beirar a loucura.

A organização dos doze capítulos é feita de maneira confortável ao leitor. Apesar de todas as passagens terem ligações entre si, cada capítulo apresenta uma história fechada, com começo meio e fim, fazendo com que mesmo o leitor mais apressado consiga ler um pouco da história por dia. E para os pacienciosos, o autor ainda guarda alguns truques.

John Tenniel, o Ilustrador de Alice, conceituou a imagem da personagem para sempre na mente de todos os leitores.

Mesmo curto (e com figuras), o livro traz diversos enigmas matemáticos e referências a eventos e personalidades que podem demorar um bom tempo para serem decifrados, ainda mais nos dias de hoje, já que mesmo para as pessoas anglófonas, muitas das palavras e referências de dupla interpretação já não fazem o mesmo sentido nos dias de hoje, sendo necessário garimpar a história e a linguística da língua inglesa para tal.

O livro como um todo representa uma crítica as histórias pueris e politicamente corretas que eram feitos para crianças durante o reinado da Rainha Vitória, época que o livro foi escrito. O molde cheio de morais pré-formatados, foi abandonado pelo autor, que misturou elementos criativos e de estilo nonsense para que o próprio leitor encontrasse a verdadeira moral por trás dos personagens.

QUEM SOU EU? SOU O QUE SOU OU SOU O QUE SEREI?

Alice no País das Maravilhas é um livro grandioso por ser ele inteiro uma grande analogia ao amadurecimento. Alice é um personagem que está numa idade capciosa, onde o ser humano é posto a prova a todos os dias.

Durante a pré-adolescência, fase que Alice Liddell estava quando o autor a conheceu, é muito comum ouvir de pais, professores e amigos coisas como “Com essa idade e ainda faz isso?” ou “Você não está muito grandinha para isso?“, frases que estimulam uma conduta mais amadurecida, que esteja mais de acordo com o mundo adulto que o jovem vai passar a conhecer na adolescência.

Entrementes, também não é raro ouvir contestações contrárias, como “Você ainda não tem idade para isso” ou “Quando crescer, você vai entender“, frases que pressupõem que o jovem ainda não é maduro o suficiente para agir ou pensar de determinada maneira aparentemente mais adulta, algo constantemente cobrado dele.

E como Carrol conseguiu retratar tal situação no País da Maravilhas? Através de comidas, e principalmente, cogumelos. Comendo um lado do cogumelo, ela cresce, comendo do outro lado ela diminui. Experimentando os lados do cogumelo, Alice tem a oportunidade de experimentar os dois lados a qual estava inserida, o mundo adulto e o mundo infantil.

Cogumelo
Pequena ou grande? Criança ou adulta? O que a idade de Alice lhe reserva?

Fica claro na história que todas as vezes que ela cresce, ela tenta parecer mais adulta. Como quando encontra a mãe pássaro que a confunde com uma serpente, ou quando entende sua superioridade reconhecendo a falta de força física de um baralho de cartas. Nos momentos em que está pequena, a personagem sempre busca abrigo, alento, algo a que se apoiar para seguir sua busca pelo jardim que encontrou nas primeiras portas que precisava abrir.

Mas o cogumelo não foi escolhido por acaso também. A imagem dos perigos de cogumelos por seus efeitos alucinógenos já eram bem fortes no fim do século XIX, e continua até hoje. Logo, não é de se descartar a crítica que o autor pôde querer ter feito ao inserí-los como chave para o crescimento da personagem: o amadurecimento, assim como os efeitos de cogumelos, não passam de uma ilusão do mundo adulto, onde estes utilizam-se das palavras “grande” e “pequeno” como subterfúgio para ter o controle e promover o condicionamento que estes veem necessário para o desenvolvimento da criança.

Metáforas de crescimento estão presentes em cada parte do livro, mas vale destacar também o encontro de Alice com a Lagarta que fuma narguilé. Pela primeira vez no livro, Alice acaba se deparando com a questão mais fundamental de sua idade: quem é ela.

Durante a pré-adolescência o jovem é cobrado a decidir seu futuro. “Vai estudar para quê?”, “O que que você quer ser quando crescer?”, questões que pouco interessam as próprias crianças, mas que os adultos desejam saber para poder influenciá-las conforme seus desejos.

Um gato que ri ou sua criança interior? Quem é o Gato de Cheshire?

No livro, Alice precipita-se muitas vezes a responder. A dúvida permeia a cabeça dela que não tem certeza se é mais importante definir-se pelo seu presente ou pelo seu futuro. E a dúvida não foi colocada na cabeça de Alice por meio da figura de uma Lagarta por acaso: lagartas são frequentemente caracterizadas como borboletas em crescimento, logo não pelo que são, mas pelo que serão.

As várias faces de personagens metaforizados pelo livro busca provocar e ao mesmo tempo comover o leitor. E assim como todo o País das Maravilhas, guardam segredos discretos mas concretos, que vão dando a Alice condições de enxergar o mundo cru e sem figuras que ela tanto rejeita.

CORTEM-LHE A CABEÇA!

Míticos e aos mesmo tempo tão próximos da realidade de todos. Assim são os personagens de Alice no País das Maravilhas. Para cada um deles, Carrol desenvolveu momentos épicos e marcantes para todo o tipo de leitor. Por mais que a passagem do personagem pareça rápida e sem influência, como a empregada Mary Ann do Coelho Branco, estes guardam toda a sua analogia com o mundo real.

A voz perturbada da Rainha de Copas confunde-se com sua baixa representatividade no reino de cartas.

Vale lembrar que toda a aventura de Alice se passa em um sonho seu. Assim, todos os personagens são reflexo do que pensa a própria Alice. A falta de outras crianças durante a história, reforçam a ideia do amadurecimento da protagonista, fazendo das pessoas que ela encontra no País das Maravilhas algumas das visões que ela tem dos adultos do mundo real.

Vários dos mais comuns caricatos de pessoas estão presentes no livro. Afinal quem nunca conheceu pessoas de alto valor no meio em que vivem que preferem resolver tudo aos gritos, sem conhecer as opiniões ou os pontos de vista das pessoas ao seu redor? A Rainha de Copas é a representante máxima de professores durões ou chefes birrentos que tantas pessoas já se acostumaram a tolerar.

A própria majestade da rainha ser derivada de um baralho de cartas já reflete uma parte do mundo adulto: a vida é como um jogo, onde se conta com a sorte, se blefa, se mente, se tenta esconder direitos e abusa dos deveres. O rei, os baralhos Dois, Cinco e Sete, o júri e mesmo os flamingos e os porcos-espinhos usados como ferramentas do jogo de croquet são derivados destas metáforas do mundo real.

Se a postura dos adultos é contestada por Alice, o que dizer de seus costumes alienantes? O chá das cinco é uma tradição inglesa secular, e ainda hoje é cultuada no país. Mas durante o reinado da Rainha Vitória, o costume era ainda mais rígido, iniciado religiosamente as cinco da tarde. O Chapeleiro Maluco e o a Lebre de Março são uma dura crítica ao costume.

Vale lembrar que ambos os personagens brigaram com o Tempo, por isso estes estão sempre presos ao horário de se servir chá, sendo a única coisa que podem fazer a partir de então. A crítica é extrema, mas concisa ao que se refere a alienação dos ingleses: por que todos os dias deve-se usar o horário das cinco para tomar chá quando se pode fazer coisas que realmente interessantes?

Mesmo a comemoração do desaniversário é uma crítica as festas vãs e vazias que a corte costumava fazer na época, uma desculpa utilizada para conhecer as particularidades e os negócios de outras administradores ingleses da alta classe. A figura do Arganaz na mesa vai de encontro a um tipo peculiar de frequentadores da festa, aqueles que mesmo fazendo parte da nata da sociedade, era desprezados pela camada mais solene, representados pelo Chapeleiro e a Lebre, que “guiam” a festa.

A quantidade de disputas que todos os personagens do livro entram em diversas situações, desde a conturbada casa da Duquesa até os lamentos pessoais da Tartaruga Falsa, mostram o quão frágil o adulto é, apesar de tentar mostrar as crianças a sua força interior. Apesar de serem o parâmetro para o amadurecimento, quando mais Alice conhece o mundo adulto através das analogias do País das Maravilhas, mais a garota passa a entender o quão conflitante é a imaturidade do mundo adulto.

Ao mesmo tempo, a própria Alice entra em conflitos quando vislumbra sua imagem adulta, abordando os vários lados psicológicos que a menina (e todos os outros adultos) tende. Enquanto o Gato de Cheshire representa o seu id, seu lado criança, brincalhão, despreocupado, que segue instintos e faz tudo o que tem vontade, o Coelho Branco representa a Alice madura, responsável, que cumpre com suas obrigações e age determinada quando é preciso ter pulso firme.

A Lebre de Março e o Chapeleiro Maluco viraram os ícones máximos das loucuras que acontecem no País das Maravilhas.

O próprio fato da história começar pela garota correndo atrás do Coelho Branco já dá indícios da representatividade do Coelho no desenvolvimento de Alice. Correr atrás do coelho, seria uma espécie de analogia a correr atrás de sua maturidade, após sua irmã tanto lhe cobrar isso.

O contraponto entre o gato e o Coelho é o mais interessante. Enquanto em seu papel responsável, o Coelho Branco ignorou completamente Alice, foi em seu lado despreocupado que o Gato de Cheshire serviu como guia, explicando algumas das regras e aconselhando Alice dentro do País das Maravilhas.

A crítica por trás de tais posicionamentos não seria uma perfeita analogia entre o quão distantes adultos sensatos e religiosamente cumpridores dos seus “horários” ficam distantes da família e dos filhos? Ou mesmo do quanto é fácil seguir instintos e ser seu próprio conselheiro, mesmo sabendo da sua falta de conhecimento para tal, quando se está sozinho e sem alguém maduro para lhe guiar mesmo que esse indique uma solução mais… maluca?

QUANTO TEMPO DURA O ETERNO? MUITAS VEZES, SÓ UM SEGUNDO

Toda a interpretação, seja ela própria ou derivada, parte do pressuposto de que são apenas interpretações. Carrol nunca deixou claro o que realmente Alice queria transmitir ao leitor. A busca por respostas é um trabalho que exige muito esforço do ser humano, por isso diferente das obras infantis da época, Alice é a tentativa do autor em despertar na criança sua capacidade inventiva para encontrar suas repostas ao invés de tê-la pronta e digerida.

A frase do autor “Tudo tem uma moral: é só encontrá-la.” reforça ainda mais a ideia da captação própria do leitor. A obra sobreviveu ao tempo pois Carrol coloca cada leitor como Alice. O autor soube captar a essência da imaginação humana para compor uma história de autodescoberta, cheia de enigmas e novas visões que se enriquecem a cada nova interpretação.

Leitor e personagem se confundem a medida que o livro é lido pela segunda, terceira, quarta…. vez.

A capacidade de Alice no País das Maravilhas de se reinventar a cada nova leitura não reside no livro, mas no leitor. Retratar o amadurecimento por meio de metáforas e figuras faz com que o próprio leitor crie suas significâncias e tenha uma visão própria do seu desenvolvimento.

Os conflitos que Carrol passou quando sua maturidade entrou em conflito com seu amor platônico por Alice Liddell, foi figurado num livro que matematicamente usa os conflitos da garota como base de um conto que se aplica a qualquer analogia que se faça necessária ao mundo real, fazendo do País das Maravilhas um local não com respostas, mas com caminhos para que, assim como aquele que levou até o jardim da Rainha de Copas, leve o leitor a experiências únicas, que começam em palavras, mas que permanentemente se reinventam fazendo Alice sobreviver para sempre a cada vez que ponteiro do relógio mostrar ao Coelho Branco como ele está atrasado.

18 comentários em “RESENHA: Alice no País das Maravilhas, livro

  1. Simplesmente perfeita a sua resenha. Um gênio escrevendo sobre outro. Agora a obra ficou ainda mais rica e prazerosa de se desvendar.

    1. Resenha perfeita! eu estou fazendo uma análise sobre a obra e não encontro palavras para descrever como esse obra mexe com o imaginário do leitor.

  2. Ótima resenha e ótimo tema!! Lewis Carrol é um dos meus autores prediletos! Adoro as mensagens “subliminares” que ele coloca na história, referentes à Inglaterra daquela época, sem contar que o próprio enredo é cativante. E o medo por aquele amor platônico, ein? Hehehehe… Abraços!!

  3. Excelente resenha…! Sou fã da obra Alice in Wonderland..o tipo de história repleto de mensagens, pensamentos e opiniões ocultas. Lewis CArrol e sua ligação com Alice Liddel é algo que jamais será desvendado mas por seus poemas vejo ali um amor verdadeiro, platônico (ou talvez nem tanto) e os personagens de sua obra refletem a sociedade e levantam até mesmo questões conflitantes da própria opinião de Carrol.
    Enfim…adorei teu blog! Tenho um blog focado em animes,cosplay, filmes e afins…onde faço resenhas/artigos.
    Enfim…acaso vc é de Jundiai? Gostaria de trocar idéias contigo e propor uma parceria entre blogs, que tal?

    abs!

    1. Você achou Alice no País das Maravilhas repetitivo? Você realmente leu o livro? A história sobreviveu ao tempo e até hoje permanece atual graças a sua simplicidade e a sua enigmática maneira de ser contada. Acredito que problema não está em Alice, mas seja você quem precise amadurecer mais para poder apreciar a leitura.

      Não sei em qual série você está, mas recomendo que você leia os livros da série Vaga-Lume. Foram os livros que me fizeram gostar de ler. As Aventuras de Xisto, O Rapto do Garoto de Ouro, Dinheiro do Céu, Passageiros do Futuro e tantos outros clássicos que jamais esquecerei.

      Ah! E um toque: so não vale dar ctrl+C e ctrl+V no texto do blog para escrever sua resenha de escola, hehehe.

      ^^v

  4. Parabéns! Esta resenha só me instigou ao fascínio por ler a obra. Assisti ao filme na minha infância, mas como você afirmou, e bem, “A capacidade de Alice no País das Maravilhas de se reinventar a cada nova leitura não reside no livro, mas no leitor.” Assim tão breve eu possa irei ler o livro. Obrigado pelas suas palavras que só fizeram acrescentar.

  5. Nossa! Achei muito inteligente. Estava ”caçando” uma tatuagem do gato para fazer, me deparei com sua resenha e li tudo. Tinha um pensamento parecido com o seu em relação Gato de Cheshire. Curti muito sua análise. Parabéns! =)

  6. Usei a sua resenha Alice no País das Maravilhas num projeto que eu estou desenvolvendo na escola.
    Pus vocês nas referências. Muito boa a análise.

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